Como diversificar a sua carteira de investimentos

Publicidade 1

É extremamente importante diversificar a sua carteira de investimentos, tanto para reduzir o risco como para tentar obter maior rentabilidade. Ao possuir um portfólio com produtos de maior risco e outros de menor risco, consegue maiores retornos do que se decidisse correr o menor risco possível. Além disso, ao diversificar, o risco de perda total do seu capital é muito menor. Todos os investidores, sejam eles mais conservadores, mais moderados ou mais agressivos, devem procurar diversificar ao máximo a sua carteira de investimentos. Como se costuma dizer, nunca coloque todos os ovos na mesma cesta.

A pensar neste tópico (que muita gente ainda negligência), no artigo de hoje, vou dar a conhecer algumas exemplos de como pode (e deve!) diversificar a sua carteira de investimentos.

Depósitos a prazo

Os depósitos a prazo, além de possuírem (atualmente), uma rentabilidade extremamente baixa, continuam a ser uma boa opção onde pode guardar o seu dinheiro, principalmente pela segurança que transmitem, pela facilidade de subscrição e pela grande variedade de oferta em todos os bancos. Pessoalmente, aconselho sempre os depósitos a prazo com possibilidade de mobilização total e sem perda do capital investido. Deste modo, se surgir alguma oportunidade de investimento melhor, ou ainda algum imprevisto que faça com que tenha de recorrer ao dinheiro investido no depósito a prazo, pode fazer a mobilização do seu dinheiro sem qualquer tipo de penalização.

Certificados do Tesouro

Se tiver algum dinheiro extra, abrir uma conta de Aforro nos CTT e subscrever a aplicação dos Certificados Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) pode ser uma excelente ideia para rentabilizar um pouco o seu capital, sem grandes riscos associados (o risco é praticamente nulo, na verdade). Além desta vantagem, os CTPC garantem uma taxa de rentabilização mínima, taxa essa que vai subindo a partir do segundo ano (nos primeiros dois é de 0.75%). O único “problema” dos CTPC prende-se ao facto de não poder mobilizar os seus fundos no primeiro ano de subscrição, ou seja, o valor que investir nos CTPC tem, obrigatoriamente, de ficar “do lado deles” durante um ano.

Publicidade 3

Se quiser saber tudo sobre os CTPC, aproveite e leia o artigo Investir nos Certificados do Tesouro Poupança Crescente (CTPC).

PPR

A grande maioria das pessoas continua a pensar que os PPR são apenas aplicações financeiras para os “velhos”. Mas enganam-se! Os Planos Poupança Reforma podem e devem ser subscritos o quanto antes, de forma a potencializar, a longo prazo, a sua rentabilidade. Existem dois tipos de PPR, cada um com as suas especificidades: Os Fundo PPR e os Seguro PPR. No primeiro (Fundo PPR), não existe capital garantido, mas os ganhos podem ser grandes. Já no segundo (Seguro PPR), o capital é garantido, mas os ganhos são menores. Para compreender melhor, considere o seguinte exemplo prático:

Se subscrever o seu PPR aos 30 anos de idade e aplicar todos os meses 25€, aos 67 anos (idade da reforma) terá investido 11.100€ no seu PPR. Tendo como base estes indicadores, fiz uma pequena simulação, no site da Deco Proteste, dos dois melhores PPR atualmente disponíveis em Portugal. Obtive os seguintes resultados:

Fundo Alves Ribeiro PPR (Fundo PPR) – 11.100€ investidos – terá 62.002€ aos 67 anos de idade.
Lusitânia Poupança Reforma PPR (Seguro PPR) – 11.100€ investidos – terá 22.356€ aos 67 anos de idade.

Como pode ver, a diferença entre um Fundo PPR e um Seguro PPR é enorme. Contudo, tenha em consideração que o simulador da Deco Proteste baseia-se nos resultados obtidos nos últimos anos dos PPR em questão, ou seja, no futuro, os resultados tanto podem ser melhores como piores.

Fundo de Emergência

Como já mencionei no artigo onde expliquei tudo sobre o fundo de emergência, possuir este fundo é extremamente importante e uma mais valia para todas as pessoas que procuram melhorar a sua saúde financeira e, ao mesmo tempo, diversificar a sua carteira de investimentos. O fundo de emergência, de forma muito sucinta e resumida, deve conter 6 meses dos seus gastos mensais, ou seja, se gastar 600€ por mês, o seu fundo de emergência deve ser de 3600€. Este fundo serve para algum imprevisto que aconteça, como perder o seu emprego, algum problema de saúde que o impossibilite de trabalhar, avaria do seu meio de transporte, etc.

O dinheiro do fundo de emergência, se possível, também deve estar aplicado em sítios diferentes. Por exemplo, metade num depósito a prazo e outra metade nos certificados do tesouro.

Aplicações de Risco Elevado

São inúmeras as aplicações que podem ser consideradas de risco elevado (principalmente se não possuir nenhum conhecimento sobre a matéria) como, por exemplo, investir em ações, criptomoedas, matérias-primas, forex, entre muitas outras. Por serem consideradas aplicações de risco elevado, é extremamente importante perceber que tipo de pessoa/investidor é. Se convive bem com o risco, se lida bem com as possíveis perdas de dinheiro, se o dinheiro investido não lhe faz realmente falta (por exemplo para criar primeiro o seu fundo de emergência), etc.

Neste tipo de aplicações aconselho a investir, no máximo, 10% do seu património total e a considerar o dinheiro investido como “perdido” à partida. Por exemplo, ao investir em criptomoedas, tem de pensar sempre a médio/longo prazo. Deve investir um determinado valor e depois “esquecer-se” do dinheiro com a esperança de o ver multiplicar no futuro. Outro aspeto importante a ter em consideração neste tipo de aplicação (neste caso, as criptomoedas) passa por não estar todos os dias a ver se o valor da criptomoeda em questão subiu ou desceu, pensar em vender logo só porque o valor subiu uns cêntimos, comprar imediatamente mais porque desceu um pouco, etc.

Por todas estas variáveis incontroláveis é que, na minha opinião, deve investir, no máximo, 10% do seu património total em aplicações de risco elevado e considerar o valor investido como “perdido” à partida.

Diversificar a sua carteira de investimentos

Como viu ao longo deste artigo, é extremamente importante diversificar ao máximo a sua carteira de investimentos, tanto por questões de segurança como também como uma forma de gerar maior rentabilidade. Se for um investidor mais conservador, opte por um depósito a prazo primeiro e depois avance para os certificados do tesouro. Se for moderado, além dos anteriores, adicione ainda um fundo PPR ao seu portfólio. Já se for daqueles mais agressivos, opte ainda por aplicar 10% do seu património em aplicações de risco elevado. Independentemente do tipo de investidor que for, o importante mesmo passa por começar, o quanto antes, a diversificar ao máximo a sua carteira de investimentos.

Publicidade 2

Reply