Tudo sobre o fundo de emergência

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A criação de um fundo de emergência é um ponto extremamente importante a ter em consideração para uma melhor saúde financeira. A pensar nisso, neste artigo, vou mostrar-lhe o que é um fundo de emergência, quando o deve usar, quanto precisa e onde o pode guardar. Sem mais demoras, vamos lá ao que interessa.

O que é um fundo de emergência?

Um fundo de emergência é uma quantia de dinheiro que serva para, como o próprio nome indica, alguma emergência ou imprevisto que possa acontecer. Na minha opinião, nunca é bom pensar em investir o seu dinheiro sem ter criado primeiro um fundo de emergência. Este fundo acaba por funcionar como uma segurança e um plano B. O ideal passa por possuir um montante de cerca de 6 meses de despesas. Ou seja, um montante que permita viver durante 6 ou mais meses sem receber absolutamente nenhum rendimento durante esse período de tempo.

Normalmente, este fundo está associado a imprevistos como perder o emprego, problemas de saúde (que o impossibilite de trabalhar e obter rendimento), entre outros.

Quando usar?

Como referi anteriormente, o fundo de emergência deve ser usado apenas quando surgem emergências ou grandes imprevistos, como perder o trabalho, problemas de saúde, etc. Contudo, também pode ser usado noutras situações como, por exemplo, quando o seu carro avaria. Para muita gente o carro é um bem absolutamente essencial, principalmente para aqueles que dependem dele para ir trabalhar e, por consequência, obter rendimento. Neste caso, o fundo de emergência pode ser uma excelente mais valia, visto que os problemas mecânicos podem ser extremamente caros e um verdadeiro “golpe” no equilíbrio financeiro.

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Quanto precisa?

Para saber quanto dinheiro precisa de ter no seu fundo de emergência, primeiro tem de ter uma ideia das suas despesas mensais. Neste cálculo não devem ser contabilizados todos os pequenos luxos a que está normalmente habituado. Se realmente acontecer alguma emergência/imprevisto e precisar de viver sem rendimentos durante alguns meses, vai ter de reduzir os seus gastos ao máximo e, incluir pequenos luxos (jantares fora, Netflix, idas ao cinema, etc.) não me parece ser o mais sensato. Sendo assim, calcule apenas os gastos mais essenciais, aqueles que não consegue evitar ter (renda, gás, água e eletricidade, alimentação, etc.). Se por acaso não faz a mínima ideia dos seus gastos mensais, o ideal passa por nos próximos tempos apontar todos os seus gastos, para depois conseguir realizar um cálculo mais realista e acertado. Depois de ter calculado o valor das suas despesas mensais, só precisa de multiplicar o resultado obtido por seis.

Exemplo: se as suas despesas forem de aproximadamente 600 euros/mês, o seu fundo de emergência deve ser de 3600 euros (600€ * 6 meses = 3600 euros).

Onde guardar o fundo de emergência?

Aqui terá de ver que tipo de pessoa é. Existem pessoas que preferem guardar o seu fundo de emergência num sítio sem acesso, para não caírem na tentação de gastar o dinheiro desnecessariamente em situações que não são na realidade emergências ou imprevistos. Um aspeto muito importante do fundo de emergência é que o mesmo esteja sempre disponível, ou seja, deve encontrar uma aplicação financeira que permita resgatar o dinheiro a qualquer momento e sem custos associados. E mais, não necessita de estar todo no mesmo sítio! Assim sendo, 3 boas opções onde pode guardar o seu fundo de emergência são as seguintes:

1. Depósitos a prazo

Além dos bancos atualmente estarem a remunerar extremamente baixo nos depósitos a prazo, esta opção ainda é uma das mais seguras e práticas onde pode colocar parte do seu fundo de emergência. Se optar por esta aplicação, escolha um depósito a prazo que possibilite a mobilização antecipada do capital.

2. Certificados de Aforro

Os certificados de Aforro, ou seja, títulos de dívida pública, são outra opção extremamente segura para guardar o seu fundo de emergência. Aqui, a rentabilidade também é bastante baixa (depende da evolução da Euribor), contudo, o risco é praticamente nulo. Tenha em atenção que durante os primeiros meses não pode resgatar o capital.

Certificados de Aforro – Simulador

3. Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC)

Os Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC), títulos da dívida pública de médio e longo prazo (com uma taxa fixa garantida), são outra excelente opção para guardar o seu fundo de emergência. Neste caso, além da rentabilidade também não ser muito alta, consegue ser mais alta que nos exemplos anteriores. O único “problema” prende-se pelo facto de o resgate do capital só ser possível 12 meses depois da subscrição.

Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC) – Simulador

Diversificação do seu fundo de emergência

Como nos investimentos, também pode e deve diversificar nas suas poupanças. Ou seja, o ideal passa mesmo por dividir o seu fundo de emergência por vários produtos financeiros.

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